_*Homem que matou e ateou fogo em corpo de advogada é condenado a mais de 45 anos de prisão*__*Roberta Müller – especial para o Diário*_Pouco mais de quatro meses após esfaquear, matar e atear fogo no corpo da advogada e designer de interiores Patrícia Sá Fortes, de 50 anos, o responsável pelo crime, Rogério dos Santos, foi condenado a mais de 45 anos de prisão. Em janeiro, a vítima foi abordada dentro de casa, em Itaipava, obrigada a transferir dinheiro para o acusado, e em seguida foi sequestrada em seu próprio carro. Ela ficou em poder do criminoso por mais de sete horas, até que foi morta por ele na Subida da Serra de Petrópolis, onde seu corpo foi encontrado. Na sentença, o juiz da 2ª Vara Criminal, Afonso Botelho, classifica o caso, que teve grande repercussão na cidade, como o crime mais bárbaro visto até hoje na Comarca de Petrópolis. “Este crime foi algo avassalador para a comunidade petropolitana, desabituada de crueldades semelhantes. A intensidade do dolo do acusado foi muito acima do normal dos tipos”, diz o juiz ao sentenciar Rogério a 45 anos de reclusão e 1.080 dias de multa pelos crimes de extorsão, latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.Rogério confessou o crime, que aconteceu no dia 22 de janeiro deste ano. Na noite anterior à morte de Patricia, ela tinha acabado de chegar em casa quando foi rendida pelo criminoso, que já a esperava, no banheiro. Ela foi ameaçada com uma faca e obrigada a fazer uma transferência no valor de R$ 3.900 para o bandido, em seguida teve os braços e pernas amarrados. Como a transação foi feita através de TED, Rogério contou que decidiu sequestrar a vítima até que o valor caísse em sua conta. Mas a polícia suspeita que a vítima teria reconhecido o criminoso durante o roubo. De acordo com os relatos do próprio assassino e também com a investigação da polícia, a advogada foi colocada no porta malas do seu próprio carro e ele seguiu com ela até a Comunidade do Arará, no Rio, onde morava, durante a madrugada. Lá, deixou o carro na rua com a vítima dentro e foi em casa, onde trocou de roupa, e decidiu retornar a Petrópolis, no início da manhã. No caminho, subindo a Serra pela BR-040, Rogério parou em uma região de mata, após o Belvedere, onde esfaqueou a vítima e ateou fogo em seguida, deixando o corpo no local.A polícia encontrou o homem menos de 72 horas após o crime. O sequestro vinha sendo investigado por policiais da 106ª Delegacia (Itaipava) com a ajuda de agendes da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) e da 105ª Delegacia (Retiro) desde que o registro do sumiço dela foi feito na delegacia. Os agentes cruzaram dados da movimentação do carro da vítima, através de câmeras da Concer, por exemplo, além da transferência bancária, e chegaram até o suspeito, que foi preso em casa, no Rio, e confessou o crime. A investigação da polícia apontou que Rogério era um antigo funcionário da advogada. Ele já teria prestado serviços de pedreiro para vítima e, como conhecia a residência, decidiu praticar o roubo e acabou sendo reconhecido pela advogada. Rogério nega e diz que não conhecia a vítima, tendo cometido o homicídio porque o dinheiro não entrou em sua conta. Ele alegou que precisava de dinheiro porque ficou prejudicado financeiramente por causa da pandemia.Criminoso tinha longa ficha criminalRogério tinha acabado de sair da prisão quando cometeu o crime. Ele tem passagens por crimes de extorsão, roubo com emprego de arma de fogo, receptação, coação no curso do processo, havendo também respondido a processo por estupro. Os crimes ocorreram desde 1998.Foto: Reprodução Internet

_*Homem que matou e ateou fogo em corpo de advogada é condenado a mais de 45 anos de prisão*_

_*Roberta Müller – especial para o Diário*_

Pouco mais de quatro meses após esfaquear, matar e atear fogo no corpo da advogada e designer de interiores Patrícia Sá Fortes, de 50 anos, o responsável pelo crime, Rogério dos Santos, foi condenado a mais de 45 anos de prisão. Em janeiro, a vítima foi abordada dentro de casa, em Itaipava, obrigada a transferir dinheiro para o acusado, e em seguida foi sequestrada em seu próprio carro. Ela ficou em poder do criminoso por mais de sete horas, até que foi morta por ele na Subida da Serra de Petrópolis, onde seu corpo foi encontrado. Na sentença, o juiz da 2ª Vara Criminal, Afonso Botelho, classifica o caso, que teve grande repercussão na cidade, como o crime mais bárbaro visto até hoje na Comarca de Petrópolis.  

“Este crime foi algo avassalador para a comunidade petropolitana, desabituada de crueldades semelhantes. A intensidade do dolo do acusado foi muito acima do normal dos tipos”, diz o juiz ao sentenciar Rogério a 45 anos de reclusão e 1.080 dias de multa pelos crimes de extorsão, latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver.

Rogério confessou o crime, que aconteceu no dia 22 de janeiro deste ano. Na noite anterior à morte de Patricia, ela tinha acabado de chegar em casa quando foi rendida pelo criminoso, que já a esperava, no banheiro. Ela foi ameaçada com uma faca e obrigada a fazer uma transferência no valor de R$ 3.900 para o bandido, em seguida teve os braços e pernas amarrados. Como a transação foi feita através de TED, Rogério contou que decidiu sequestrar a vítima até que o valor caísse em sua conta. Mas a polícia suspeita que a vítima teria reconhecido o criminoso durante o roubo. 

De acordo com os relatos do próprio assassino e também com a investigação da polícia, a advogada foi colocada no porta malas do seu próprio carro e ele seguiu com ela até a Comunidade do Arará, no Rio, onde morava, durante a madrugada. Lá, deixou o carro na rua com a vítima dentro e foi em casa, onde trocou de roupa, e decidiu retornar a Petrópolis, no início da manhã. No caminho, subindo a Serra pela BR-040, Rogério parou em uma região de mata, após o Belvedere, onde esfaqueou a vítima e ateou fogo em seguida, deixando o corpo no local.

A polícia encontrou o homem menos de 72 horas após o crime. O sequestro vinha sendo investigado por policiais da 106ª Delegacia (Itaipava) com a ajuda de agendes da CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) e da 105ª Delegacia (Retiro) desde que o registro do sumiço dela foi feito na delegacia. Os agentes cruzaram dados da movimentação do carro da vítima, através de câmeras da Concer, por exemplo, além da transferência bancária, e chegaram até o suspeito, que foi preso em casa, no Rio, e confessou o crime. 

A investigação da polícia apontou que Rogério era um antigo funcionário da advogada. Ele já teria prestado serviços de pedreiro para vítima e, como conhecia a residência, decidiu praticar o roubo e acabou sendo reconhecido pela advogada. Rogério nega e diz que não conhecia a vítima, tendo cometido o homicídio porque o dinheiro não entrou em sua conta. Ele alegou que precisava de dinheiro porque ficou prejudicado financeiramente por causa da pandemia.

Criminoso tinha longa ficha criminal
Rogério tinha acabado de sair da prisão quando cometeu o crime. Ele tem passagens por crimes de extorsão, roubo com emprego de arma de fogo, receptação, coação no curso do processo, havendo também respondido a processo por estupro. Os crimes ocorreram desde 1998.

Foto: Reprodução Internet

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